A população de trabalhadores com carteira assinada no setor privado no País totalizou 33,321 milhões de pessoas no quarto trimestre de 2017, o nível mais baixo da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012,informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 31.O auge da carteira assinada ocorreu no segundo trimestre de 2014, quando alcançou 36,880 milhões de trabalhadores.

“O mercado de trabalho tirou pessoas com carteira assinada, mexeu com a estabilidade. Essa pessoa que perde o emprego com carteira é responsável pela estrutura familiar. E essa estrutura familiar (os integrantes da família), para compensar, parte para o mercado de trabalho. Muitas vezes isso se dá não pela perda do emprego, mas da estabilidade, da carteira assinada”, explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Com o fechamento dos postos formais, trabalhadores tentaram reforçar a renda familiar atuando por conta própria. No quarto trimestre de 2017, 23,198 milhões de pessoas estavam trabalhando por conta própria, o maior patamar da série histórica da Pnad Contínua.